domingo, 23 de outubro de 2011

O Hino do Povo da Floresta (de Marcello Ferreira)


Nós viemos da floresta
e nos transformamos
em folhas quando a luta grita

Com a luz do Sol
correndo em nossas veias,
venceremos os caçadores

E eles vêm marchando sozinhos,
cada um na sua cobiça

Mas, terão surpresa final:
venceremos e permaneceremos!

Alegraremo-nos no Sol
do dia vindouro
e não será o nosso fim, esta noite

O meu limbo brilhará
como o de todos nós
e sairemos voando
rasgando o céu
em estrelas.

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Este poema pode parecer o mais louco e repleto de devaneios que eu já expus aqui. Na verdade, eu tinha muitos outros poemas menos cheios de metáforas e muito legais. Contudo, eu segui o sentimento de que eu deveria expor este aqui. Como todos os outros, escrevi-o no meu celular e foi escrito no mesmo dia que eu escrevi "Meninos Não Choram".
A inspiração pode ser a mais maluca: eu a tive sonhando.
E não é a primeira vez que acontece comigo. Haverá outro poema aqui que quando eu estava quase dormindo, eu ouvi uma voz e uma imagem na cabeça, suspirando o seu primeiro verso.
Enfim, eu sonhei com uma cantora cantando esse verso em inglês: "We all came from the jungle/ We all become the jungle (Todos nós viemos da selva/ Todos nós nos tornamos a selva)". E enquanto eu a ouvia, eu via o céu lindo e com poucas nuvens.
O sentimento do poema é este: considere que nós somos um povo que teve a sua origem na floresta. Não sendo um povo indígena dela ou algo assim. Nós nascemos das árvores. E ainda guardamos essa essência dentro de nós, porque quando chega o momento difícil, nós nos tornamos folhas e brilhando, subimos voando ao céu.
O que isso quer dizer é que quando nós temos a nossa fonte, nossa origem ontológica e subjetiva (origem do ser), em Deus, o Bem, quando chega o momento difícil, nós nos apegamos a essa essência.  Ela se manifesta e vencemos o Mal (os caçadores), e de tão leves e cheios de luz, voamos.
Mas um fator nessa análise é fundamental: as folhas que guardam a luz do Sol em si (como elas o fazem em forma de glicose) vencem o Perigo. Assim deve ser conosco: se o nosso interior está alimentado pela luz (o Espírito de Deus, o Amor, o Bem, a Paz, o Sonho) do Maior Sol (Deus, o Criador), temos força suficiente para vencermos a tudo e se alegrar no dia vindouro: a Eternidade (o que vem após essa vida terrena).

Que você se alimente do Sol!

domingo, 16 de outubro de 2011

"Meninos não choram" (de Marcello Ferreira)



"Meninos não choram", ele resmungava miúdo,
na esquina, parado

Os seus olhos estavam ao próximo futuro
e
vagos doíam bastante
quietos

Havia uma luta em seus pensamentos
e se a esperança não se fosse
como folha com o vento da avenida,
a batalha seria vencida

Aquele rapaz assustado
com o que podia chegar
lá do horizonte:
ser forte, ser pai, ser marido, ser músculo
e também ser amor, ser empregado
e ter que ser patrão das emoções
e dos cães vadios,
e no fim, não chorar,
pois meninos não choram
[por fora].

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Andando pelo centro da cidade, eu avistei um jovem parado na esquina, e aquela imagem me levou a pensar se ele pensava em seu futuro. Principalmente, em garotos, pensar no futuro chega a doer bastante.
Muitos dizem que a vida das mulheres é mais dura que a dos homens. Eu discordo.
Nem a dos homens chega a ser mais difícil que a das mocinhas, mas com certeza, ela não é mais fácil.
Há uma grande carga de expectativa sobre o homem desde que ele chega ao mundo: ele tem que ser "o cara", não ser mole etc. etc. O que causa nas muitas das vezes, um terrível isolamento emocional masculino.
Os garotos sofrem com a carga que a sociedade impõem sobre nós, SIM!
A maioria de nós podem não chorar por fora, mas sofremos bastante por dentro. Só um relacionamento constante com o Criador que pode aliviar essa carga e nos dar a paz e a luz para seguir no caminho certo.
O bom é que diante dEle, nós, os homens desse mundo, podemos chorar, sem timidez, o que, fora dessa circunstância pode ser um grande desafio.
Por isso, quando você, menina ou mulher, for julgar algum ser masculino, lembre-se que ele tem as suas dores, lutas e vitórias.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Os Malditos


Eu quero amar!

Amar a todos os desamados da terra



Quero amá-los com o amor maior
e vê-los sorrindo de amar
e fulgentes, por amor, terem recebido



Quero ver em mim
um sorriso eterno que é
querer o bem a todos os malditos
pela boca-mundo
e também a todos os benditos



Quero amar e ser feliz
por todos que do amor
têm bebido


e dele, terem encontrado a sua maior fonte

!

[você sabe].

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Eu tinha conversado com uma pessoa. Um tipo de pessoa que sofreu muito na vida. Solitária e muitas vezes desprezada. E isso me doeu bastante. E com essa dor, foi gerada uma grande compaixão que me moveu a escrever este poema.
Foi um tipo de dor que já senti muitas vezes. E dói bastante pensar que alguém é tão desprezado, esquecido e machucado devido a fatores que não dependem dela como>

$ da família em que nasceu.
deficiência física com a qual já veio ao mundo.

Então, eu senti o desejo e a minha escolha pessoal por amar a todos que são esquecidos, abandonados e feridos. E não só a eles.

De: Marcello Ferreira.

domingo, 9 de outubro de 2011

O que é "mobilit"?

Eu ganhei o meu 4º celular. E o recebi como presente de aniversário: fiz 19 anos neste mês de outubro.
Eu fiquei muito feliz. Principalmente, porque eu iria ouvir as músicas que eu mais gosto, no último volume, com o meu fone bem fincado nos meus ouvidos.
Porém, eu descobri uma outra maravilhosa função para essa maravilha tecnológica chamada celular: escrever poemas e narrativas curtas. ÉÉÉ!
Portanto, esse blog transportará você, os seus pensamentos, as suas emoções e sentimentos ao mundo da poesia e da literatura dos mobiles; da grande lira tocada no teclado do meu celular.
Espere poemas curtos e narrativas concisas. Não esperem poemas complicados ou inefáveis ou narrativas vazias: tudo o que você encontrará será cheio de inspiração, arte e poder.

E na publicação de cada poema ou narrativa, eu relatarei o que eu senti, o que eu pensei, qual o significado e o que me inspirou para construir aquele texto.

Por isso, só posso desejar: SE ESBALDEM NA GORDURA DA DELÍCIA DA POESIA E DA LITERATURA!

VIVA À MOBILIRA!
VIVA À POESIA INCORPORADA ÀS ATUAIS ESTRUTURAS!

Marcello Ferreira.