sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Cifra




O meu custo não está!

Eu sou dispendioso esforço!

Sou alma-capital

Não vou viver
com a pilhas de caixas
que mancham a vista
das janelas

A cifra é uma sombra na parede da caverna

Uma ilusão cara!
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Eu não me lembro bem como este poema me veio à superfície do pensamento, contudo, foi num momento onde questionei a importância louca de tratar a vida como um mercado.
A maioria das pessoas regem sua vida dando valor e buscando o que é mais caro, porém, sendo os homens quem dão  os preços às coisas, estes, não são sagrados e imutáveis. Ideais.

A alma é uma grande geradora de riquezas! Tratem da alma!
E ela é muito cara! E já foi adquirida. Resgatada. Sem dinheiro. Com sangue.

E, também, fiz referência ao mito da caverna que se encontra no Livro VII dentro da obra "A República" de Platão, onde se questiona o conceito de realidade.

Na real, o que é a realidade: o que eu percebo? O que eu sei?

Mas, o que eu percebo? O que eu sei?

Será que sei o que penso saber?

Será que a cifra, o dinheiro, o mercado...

Será que são?

Será que são?

Ou será que só soam?

O que é real?

A realidade é mais profunda.

Por: Marcello Ferreira.