quarta-feira, 18 de abril de 2012

PoemTweets e Facepoems [#2]

VIÚVOS E VIÚVAS 
vira o que o mar engole (loap)
que veloz e vinho, depois, cospe (rrrrgh-floapt-shhh)
véu áspero insuportável de ser viúvo bege
dói roxo ter sido e agora ter que ser
o que é ser sozinho azul-marinho
e sofrer com a distância do nome
que uma vez foi seu
e clama (aaaaah!) amarelo áureo
com vísceras de paixão rubra
ao Juíz para que o seu adversário
na derrota, padeça cinza
e ao Eterno Juíz, clamo (ó!)
para que o que nasceu filho
da distância pela vida viúva
como uma nova afronta (ó!)
venha a ser derrota consumada
e eu viva num porto mais feliz.


[inspirado na leitura bíblica do livro de Lucas capítulo 18].
Quantas vzs não somos apartados de algo que sentimos falta e que com essa distância vem algo de muito ruim que só Ele pode resolver?
Muitas vzs.
Mas, Ele resolve.



Para você que tem dúvidas quanto ao futuro:
Entendendo o seu lugar no mundo:

ÁRVORES


Quero entender as árvores
invocadas
mudas
se alimentam
e ganham força diária,
plantadas
suas sementes,
a essência destas formas viventes
bem aventuradas
se em natural morada
Mas...
secas, ásperas e mortas,
se do certo lugar, forasteiras
Há plantas para o deserto
e folhas para o campo
cada uma em sua medida
não podem ser roubo
não podem ser rebeldia
Quem, do alguém, que deveria ser, foge
é um que rouba e morre
Rouba a relva de sua sombra,
rouba o árido de sua água
e sem significado restante,
falece eternamente

Rouba o Senhor das Árvores
e seca num não-mais-existir,
num não-mais-ser
num não-mais-plenitude.

Ai, minha alma, menor que os prédios altos, se sente!/ Ó quanto aperto de alma! Mas, maior ela é que todas as pedras juntas/ sim, ela é.
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Eu penso na infância e vejo a minha construção. E sinto falta de toda sua vida lúdica:
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Por uns dias passados, reparei numa marcha de formigas carregando folhas e admirei aquilo. Quanta beleza! E pensei em celebrar a vida de criatura junto a outras criaturas! A alegria de ser criado por um Deus sensível e criativo:
Com a formiga, concebo a alegria/ ela e o seu povo carregam suas folhas/e ouço festa/ tambores/ harpas/ frutas rubras divinas/A minh'alma ouve festa/ céus com laranja


(aliás, amo a imagem e estética de sons de tambores, harpas etc. É algo tão primitivo!)


Fincado (tonc) no porto verde-musgo
como estaca (poc) firme negra (huur)
vejo a ventania (vuap-vuu) sendo o véu de viúvez roxa dolorida
caindo (flupt) do céu musgo bravo,


Quantas vzs não somos viúvos daquilo que já fomos ou deveríamos ser?

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O caminho futuro é visto nebuloso/ às vezes, as esperanças chegam a temer/ mas, Te recupero no que penso/e passo a confiar no q é glorioso.

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Quero entender as árvores
que quietas crescem até onde

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Na metrópole. A cidade grande e a sua angústia:

Algo freudiano. Para quem tem saudades da infância e descobre as origens de sua pessoa nela.

À infância, com temor, voltar/ é encontrar as cenas/ onde estão a se formar/os símbolos sumários/ os símbolos mecenas/ de toda arte, de toda existência/ Criador, cure a fonte! Cure os símbolos de dor!

s gordas/ no meu coração/ ri o tambor/ e abraço as formigas/ rainha ou operária suada/e amo ser criatura/ e celebro ao Criador/ envolto num abraço de formiga/ Aaah, prazer: é lindo ser Tua família!

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